quarta-feira, 20 de março de 2013


Título da tarefa: “Em sua opinião que ferramentas da Web 2.0 poderão contribuir para melhorar sua prática docente?”


Introdução: É impossível ignorar a existência, prevalência e influência que as ferramentas da Web 2.0 exercem em nossas vidas. Fazer de conta que as tecnologias não estão presentes e são requisitos não só para se conseguir um bom emprego, mas para se realizar inúmeras atividades das mais simples e corriqueiras até as mais complexas não é uma boa escolha... Somos cativados por elas, atraídos sem nos darmos conta... Para se falar com uma pessoa, seja por questões de negócio ou até mesmo por diversão, ao invés de enviarmos telegramas, cartas ou fazer uma ligação, optamos, muitas vezes, por mandar um e-mail, entrar no msn, Skype, deixar um recado no Orkut, Facebook. Pode reparar: quando alguém diz que não tem conta em nenhuma dessas tão “badaladas” redes sociais, as pessoas já se manifestam: como não? Em que mundo você vive? Nossa, todo mundo tem, você está atrasado...
As crianças/adolescentes, em suas casas, muitos deles, têm computadores com acesso à internet e passam boa parte do dia navegando. De repente, quando vão à escola, se deparam com o antigo e pacato método de explanação, com os mesmos apetrechos – livro, lousa, giz – e o professor à frente, carteiras enfileiradas. Provavelmente, os mesmos métodos de avaliação, teorias, pouca prática. E o que mais me preocupa: muitas vezes, pouca conexão com a realidade, baixo estímulo, planejamentos sem criatividade... Não podemos permanecer paralisados no tempo: toda estratégia para se alcançar bons resultados é bem-vinda. O objetivo principal está no preparo do aluno, no desenvolvimento de competências. Para tanto, docente e estudantes devem estar engajados, sentirem-se parte importantíssima do contexto. As mídias podem colaborar muito no acesso à informação, bem como na criação e divulgação. Não podemos nos abster de usá-las, em especial, os recursos em discussão: pertencentes à Web 2.0.
Desenvolvimento: Estou sempre “às voltas” com ferramentas da Web: participo de blogs, tenho o meu próprio, adoro dialogar, estar a par de eventos, participar de enquetes, levantar questionamentos através deles. Quantas pessoas interessantes conheci! Sugiro aos meus alunos que confiram minhas últimas postagens, onde insiro fotos e procedimentos de experimentos de química, física e/ou biologia, artigos científicos sobre temas das aulas, endereços de sites para consultas, até poesias, peças de teatro, músicas, algumas escritas por mim, outras de autores desconhecidos da maioria, ou, muito famosos... Também disponibilizo alguns vídeos que fazemos juntos no decorrer do ano letivo. Peço sempre pra que deixem um comentário, dar sugestões. Volta e meia, marco horário para um bate-papo, pra que tirem dúvidas das aulas, sugiram ideias para os próximos encontros... Boa parte adere e participa com entusiasmo.
É importantíssimo que o aluno compreenda que as ferramentas da Web vão muito além de uma meia dúzia de sites que os jovens adoram acessar... Há um universo de conhecimentos abrangente, fascinante, que podemos desbravar sentados confortavelmente em nossas cadeiras... Apresentar e direcionar os alunos à pesquisa também é nossa função. Para tanto, precisamos primeiro conhecer bem.
Outro ponto decisivo: O estudante não é unicamente consumidor, leitor passivo, que angaria saberes e nada mais... As ferramentas tem essa função: permitir que o aluno produza, crie, argumente, compartilhe. O docente deve incentivar o manuseio, a experimentação, encorajando-o. Os resultados podem sair tímidos no começo, mas testando, motivando, pode se conseguir um incrível progresso. Os alunos vão se preocupar com a imagem que estão passando, sobre o que e de que forma estão escrevendo, com o material que estão escolhendo, de que modo estão expondo seus trabalhos. Trabalharemos então, responsabilidade, ética, criticidade, zelo, etc.
Uso o Skype e o Facebook com o intuito de marcar chats para retirada de dúvidas e debate de tópicos relacionados à aula, que atiçam a curiosidade e que não são tratados em sala em sua totalidade pela restrição de tempo. Gmail para troca de mensagens (meu blog também foi criado a partir da conta que tenho nele). Muitos dos meus alunos têm Twitter, pergunto a eles sobre as publicações que fazem, as personalidades que estão “seguindo”, etc. Percebi que nos últimos tempos estão procurando outras notícias sobre outras “celebridades”, não apenas aqueles que aparecem em novelas, comerciais, programas de fofoca... Procuram notas acerca de escritores, cientistas, enfim, indivíduos com diferentes legados.
Andei mexendo nos mapas conceituais online, ainda não os empreguei nas aulas, mas pretendo brevemente, já que os considerei artefatos de imensa valia. Google docs eu utilizo há bastante tempo, ensino meus alunos a utilizarem essa ferramenta. Cada um cria sua pastinha no computador (fazem uma pasta no computador da sala de informática da escola e uma pasta no computador de casa), todos os trabalhos que são produzidos na internet ficam no e-mail e nessas pastas.
Constantemente monto apresentações de slides sobre diversos temas de aula, levo para a escola, aplico-as, pois enriquecem bastante as explicações (incluo fotos, pequenos vídeos, animações, resumos dos tópicos principais em letras destacadas) e, no mesmo dia, disponibilizo no Slideshare. Peço pelo menos um trabalho por bimestre onde meus alunos também precisam produzir uma apresentação em Power Point, mostram para a classe e, em seguida, compartilham no site.
Esses são só alguns relatos e algumas possibilidades... Quantas ideias podem surgir! Gostaria de deixar meu endereço do blog disponível para visualização (está sendo modificado, portanto, alguns materiais não estão mais disponíveis, mas dá pra ter uma noção) https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=68133681345064013#overview/src=dashboard
Conclusão: Concordo com a afirmação de que precisamos repensar os sistemas educacionais, o papel do professor, do aluno, da família, da sociedade como um todo. As transformações acontecem, não cessam, a educação, que é a base de tudo, muitas vezes, é relegada a segundo plano quando deveria ser tratada como prioridade... O professor deve ser preparado para lidar com essas ferramentas, sentindo-se seguro e apoiado.
É preciso colocar a “mão na massa”, não ter medo de experimentar o novo. Obviamente, a primeira vez que decidimos aplicar um recurso desses em nossa aula nos sentimos por vezes receosos, já que prevemos determinados resultados que podem não vir como o aguardado... Caso aconteça, não é motivo para desistência, decepção. Faz parte do processo. Se ocorrer, devemos diagnosticar onde ocorreu a falha, contratempo ou desvio do objetivo principal para retomar o propósito. Prestar atenção no feedback. Não nos esqueçamos que cada turma, cada aluno, assim como cada professor, poderá se sentir mais à vontade, mais instigado por determinado ferramenta do que por outra. Mas isso não é empecilho para que testemos, participemos de todas as propostas. Aí que está a graça: nos sentirmos desafiados a aprender!
Referências Bibliográficas: Material Aula 3 - Cecierj Extensão.
Disponível em: http://legacy.unifacef.com.br/quartocbs/artigos/G/G_140.pdf Acesso em: 13 out. 2012.
Manual de ferramentas da Web 2.0 para professores. Disponível em: http://repositorium.sdum.uminho.pt/handle/1822/8286 Acesso em: 12 out. 2012.

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