Título da tarefa: “Em sua opinião que ferramentas da
Web 2.0 poderão contribuir para melhorar sua prática docente?”
Introdução: É impossível ignorar a existência, prevalência e
influência que as ferramentas da Web 2.0 exercem em nossas vidas. Fazer de
conta que as tecnologias não estão presentes e são requisitos não só para se
conseguir um bom emprego, mas para se realizar inúmeras atividades das mais
simples e corriqueiras até as mais complexas não é uma boa escolha... Somos
cativados por elas, atraídos sem nos darmos conta... Para se falar com uma
pessoa, seja por questões de negócio ou até mesmo por diversão, ao invés de
enviarmos telegramas, cartas ou fazer uma ligação, optamos, muitas vezes, por
mandar um e-mail, entrar no msn, Skype, deixar um recado no Orkut, Facebook.
Pode reparar: quando alguém diz que não tem conta em nenhuma dessas tão
“badaladas” redes sociais, as pessoas já se manifestam: como não? Em que mundo
você vive? Nossa, todo mundo tem, você está atrasado...
As crianças/adolescentes, em suas casas, muitos deles,
têm computadores com acesso à internet e passam boa parte do dia navegando. De
repente, quando vão à escola, se deparam com o antigo e pacato método de
explanação, com os mesmos apetrechos – livro, lousa, giz – e o professor à
frente, carteiras enfileiradas. Provavelmente, os mesmos métodos de avaliação,
teorias, pouca prática. E o que mais me preocupa: muitas vezes, pouca conexão
com a realidade, baixo estímulo, planejamentos sem criatividade... Não podemos
permanecer paralisados no tempo: toda estratégia para se alcançar bons
resultados é bem-vinda. O objetivo principal está no preparo do aluno, no
desenvolvimento de competências. Para tanto, docente e estudantes devem estar
engajados, sentirem-se parte importantíssima do contexto. As mídias podem
colaborar muito no acesso à informação, bem como na criação e divulgação. Não
podemos nos abster de usá-las, em especial, os recursos em discussão: pertencentes
à Web 2.0.
Desenvolvimento: Estou sempre “às voltas” com ferramentas da Web:
participo de blogs, tenho o meu próprio, adoro dialogar, estar a par de
eventos, participar de enquetes, levantar questionamentos através deles.
Quantas pessoas interessantes conheci! Sugiro aos meus alunos que confiram
minhas últimas postagens, onde insiro fotos e procedimentos de experimentos de
química, física e/ou biologia, artigos científicos sobre temas das aulas,
endereços de sites para consultas, até poesias, peças de teatro, músicas,
algumas escritas por mim, outras de autores desconhecidos da maioria, ou, muito
famosos... Também disponibilizo alguns vídeos que fazemos juntos no decorrer do
ano letivo. Peço sempre pra que deixem um comentário, dar sugestões. Volta e
meia, marco horário para um bate-papo, pra que tirem dúvidas das aulas, sugiram
ideias para os próximos encontros... Boa parte adere e participa com
entusiasmo.
É importantíssimo que o aluno compreenda que as
ferramentas da Web vão muito além de uma meia dúzia de sites que os jovens
adoram acessar... Há um universo de conhecimentos abrangente, fascinante, que
podemos desbravar sentados confortavelmente em nossas cadeiras... Apresentar e
direcionar os alunos à pesquisa também é nossa função. Para tanto, precisamos
primeiro conhecer bem.
Outro ponto decisivo: O estudante não é unicamente
consumidor, leitor passivo, que angaria saberes e nada mais... As ferramentas
tem essa função: permitir que o aluno produza, crie, argumente, compartilhe. O
docente deve incentivar o manuseio, a experimentação, encorajando-o. Os
resultados podem sair tímidos no começo, mas testando, motivando, pode se
conseguir um incrível progresso. Os alunos vão se preocupar com a imagem que
estão passando, sobre o que e de que forma estão escrevendo, com o material que
estão escolhendo, de que modo estão expondo seus trabalhos. Trabalharemos
então, responsabilidade, ética, criticidade, zelo, etc.
Uso o Skype e o Facebook com o intuito de marcar chats
para retirada de dúvidas e debate de tópicos relacionados à aula, que atiçam a
curiosidade e que não são tratados em sala em sua totalidade pela restrição de
tempo. Gmail para troca de mensagens (meu blog também foi criado a partir da
conta que tenho nele). Muitos dos meus alunos têm Twitter, pergunto a eles
sobre as publicações que fazem, as personalidades que estão “seguindo”, etc.
Percebi que nos últimos tempos estão procurando outras notícias sobre outras
“celebridades”, não apenas aqueles que aparecem em novelas, comerciais,
programas de fofoca... Procuram notas acerca de escritores, cientistas, enfim,
indivíduos com diferentes legados.
Andei mexendo nos mapas conceituais online, ainda não
os empreguei nas aulas, mas pretendo brevemente, já que os considerei artefatos
de imensa valia. Google docs eu utilizo há bastante tempo, ensino meus alunos a
utilizarem essa ferramenta. Cada um cria sua pastinha no computador (fazem uma
pasta no computador da sala de informática da escola e uma pasta no computador
de casa), todos os trabalhos que são produzidos na internet ficam no e-mail e
nessas pastas.
Constantemente monto apresentações de slides sobre
diversos temas de aula, levo para a escola, aplico-as, pois enriquecem bastante
as explicações (incluo fotos, pequenos vídeos, animações, resumos dos tópicos
principais em letras destacadas) e, no mesmo dia, disponibilizo no Slideshare.
Peço pelo menos um trabalho por bimestre onde meus alunos também precisam
produzir uma apresentação em Power Point, mostram para a classe e, em seguida,
compartilham no site.
Conclusão: Concordo com a afirmação de que precisamos repensar
os sistemas educacionais, o papel do professor, do aluno, da família, da
sociedade como um todo. As transformações acontecem, não cessam, a educação,
que é a base de tudo, muitas vezes, é relegada a segundo plano quando deveria
ser tratada como prioridade... O professor deve ser preparado para lidar com
essas ferramentas, sentindo-se seguro e apoiado.
É preciso colocar a “mão na massa”, não ter medo de
experimentar o novo. Obviamente, a primeira vez que decidimos aplicar um
recurso desses em nossa aula nos sentimos por vezes receosos, já que prevemos determinados
resultados que podem não vir como o aguardado... Caso aconteça, não é motivo
para desistência, decepção. Faz parte do processo. Se ocorrer, devemos
diagnosticar onde ocorreu a falha, contratempo ou desvio do objetivo principal
para retomar o propósito. Prestar atenção no feedback. Não nos esqueçamos que
cada turma, cada aluno, assim como cada professor, poderá se sentir mais à
vontade, mais instigado por determinado ferramenta do que por outra. Mas isso
não é empecilho para que testemos, participemos de todas as propostas. Aí que
está a graça: nos sentirmos desafiados a aprender!
Referências Bibliográficas: Material Aula 3 - Cecierj Extensão.