sexta-feira, 31 de maio de 2013

REFAZENDO A HISTÓRIA DOS TRÊS PORQUINHOS...
De: Patricia de Campos

Em uma semana de muito sol e trabalho árduo, os três porquinhos finalmente terminavam suas moradias. Uma casinha de palha, aconchegante mas muito frágil, foi feita por Luquinha. Já a bela, mas também pouco resistente casa de madeira de Juquinha, reluzia com a última mão de tinta. Apenas a casa de Olavinho, pomposa e detalhada, oferecia a segurança que qualquer um desejaria ter.

No final dessa mesma semana, lendo o popular "Jornal da Floresta", os três irmãos se sobressaltaram: uma ameaça afligia as redondezas: o temido e lendário lobo mau reaparecia, após longos anos longe dali.

E adivinha para onde ele se dirigiu primeiro? Justamente, às casas dos três porquinhos. Eles, com portas fechadas, janelas trancafiadas, oravam para que nada de mal acontecesse... De repente, Luquinha ouve passos rondando sua casinha e uma leve batida na porta: - Sou eu, o lobo mau, abra a porta!

Na construção de suas casas, cada irmãozinho construiu uma saída de emergência. Juquinha sai pelos fundos da "passagem secreta", esbaforido, foge para a casa de Juquinha. O lobo, demora alguns segundos para perceber o som de passos apressados por entre as folhagens. - Ora, que porquinho danado, por onde ele saiu? Se dirigiu até o lar de Juquinha, com certeza! Agora não poderão fugir de mim!

Dentro da casinha de madeira, tremendo de medo, os dois irmãos confabulavam: - O que faremos agora Juquinha? Ele está vindo aí! - Calma, Luquinha! Você se esqueceu da minha passagem secreta? É um túnel, no subsolo, que dá até a casa do Olavinho. Lá, ele não vai conseguir nos pegar. As paredes são mais resistentes, nosso irmão mais velho vai nos proteger.

O lobo bate à porta, mas os dois já haviam escapado. - Mas que coisa! Onde foram parar? Só podem ter ido pra casinha de tijolos! E lá se foi o lobo, para mais uma caminhada. Já estava ficando cansado...

Na casa de Olavinho, este dá uma bronca em seus irmãos: - Eu disse para vocês construírem suas casinhas com material mais confiável... Ia demorar mais tempo, custaria um pouco mais para comprarem tudo, porém, estariam mais tranquilos. Os dois responderam de uma só vez: - Tem razão meu irmão! Mas e agora? E se o lobo conseguir entrar?

Mal terminaram a frase e lá estava o lobo batendo à porta. - Por favor, me deixem entrar... Está ficando frio... Não sou mais o lobo malvado de antes. Estou velho, não tenho para onde ir, estou com fome e quero um agasalho para me proteger. Os porquinhos pensaram ser mais um truque do lobo, no entanto, olhando pela frestinha da janela, viram que ele estava velhinho mesmo, voz mudada, parecia inofensivo. Então, perguntaram: - Como vamos ter certeza de que não nos fará mal?

- Ora, eu sempre fui malvado e espertalhão. Todos fugiram de mim... Ser ruim acabou por me deixar na solidão. Ando por aí, sem rumo certo, dependendo de restos de comida que acho pelos caminhos da floresta e dormindo em qualquer canto... As lágrimas caiam enquanto o lobo falava e os porquinhos se comoveram.

Luquinha disse: - Bom, se ele estiver mentindo e abrirmos a porta não escaparemos! O que vocês acham que devemos fazer? - Ele parece estar sendo sincero. Disse o Juquinha.

Olavinho estava ligando para alguém. Para o lenhador, que era o seu vizinho. - Olá seu Astolfo, é o Olavinho. O lobo está batendo aqui em frente à minha casa dizendo estar  doente, com fome e frio. Vou atendê-lo, mas, por favor, fique de prontidão caso ele esteja mentindo. Obrigado!

Abriram a porta. Se depararam com um lobo velho, de olhar manso, pedindo abrigo por aquela noite.
Os três porquinhos arrumaram a mesa para o jantar, o lenhador também foi convidado. Fizeram sua boa ação. E todos comeram felizes...

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